Já que ninguém adivinhou, vai aqui a dica descubra a história que originou a trama “O Brado Retumbante”
Uma polêmica foi instaurada pela Rede Globo neste último dia 17 de janeiro. Nos circulos de conversas de nossa cidade ouve-se muitas pessoas falando e discutindo sobre o assunto. Na academia (universidade e faculdades), o assunto não tem outro conteúdo senão a máxima televisiva apresentada pela emissora: O Brado Retumbante. A minissérie apresenta uma história cheia de nomes, fatos, acontecimentos e coincidência com a história real. Aos jornalistas, historiadores, advogados, cientistas políticos e até mesmo observadores da história nacional vai o nosso questionamento: minissérie global terá sido mera coincidência ou é mais uma obra de ficção cinematografia e dramaturgia brasileira. Em nossa cidade existem muitos advogados, historiadores, jornalistas e cientistas políticos, mas gostaria que algum tentasse arriscar um palpite. Com todo respeito, não é colando a competência e a sabedoria dos demais colegas de categoria a prova, mas em nosso município apenas duas pessoas podem chegar ao verdadeiro conteúdo historiográfico e desvendar a metáfora escondida por trás deste topomínio. Como falei apenas duas pessoas arriscam-se a discorrer e costurar a história factual escondida por trás da trama O Brado Retumbante; a primeira pessoa é um amigo, historiador, policial rodoviário aposentado e comunicador em uma das emissoras de rádio de nossa cidade e o outro, sou eu. Nas redes sociais percebi que muitos colegas e amigos de profissão tentam alçar um vôo na história retumbante de nosso país e arriscar um palpite do que realmente fala a ficção. A TV brasileira já apresentou várias críticas ao Governo e governantes de nosso país, todas elas recheadas de metáforas com porção delicada de realidade. Vamos lembrar de algumas, novelas, minisséries e até mesmo curtas e longas metragens já foram rodados com o intuito de apostar, questionar, duvidar e até mesmo criticar a história política de nosso país. Mas vamos lá antes que alguém questione meus poucos conhecimentos em história, jornalismo e direito, vamos tratar do assunto. A produção da trama insólita não é a primeira da teledramaturgia nacional a retratar com destaque aspectos da vida política brasileira. Escrita por Janete Clair e exibida entre junho de 1970 e junho de 1971, a novela "Irmãos Coragem", ambientada numa fictícia cidade do interior de Goiás, mostrava o poder opressor do coronelismo numa região onde a principal atividade econômica era o garimpo de ouro. Já no ano de 1973, "O Bem-Amado", de Dias Gomes (marido de Janete Clair), trazia o fazendeiro Odorico Paraguaçu (Paulo Gracindo) que, mesmo sendo mau-caráter e corrupto, era adorado pelo povo e acaba prefeito da cidade de Sucupira. Para quem acompanhou a novela "Terra Nostra", "Anos Dourados", "Anos Rebeldes", "O Salvador da Pátria" e "O Rei do Gado(Em "O Rei do Gado", Patrícia Pillar interpretou uma boia-fria ligada ao MST )", trazerem à tona aspectos políticos, econômicos e culturais da vida brasileira ao longo dos anos. "Terra Nostra", por exemplo, abordou a problemática vivida pelos imigrantes italianos e de outras nacionalidades no final do século XIX e início do século XX, quando vieram trabalhar nas fazendas de café no interior de São Paulo. Tivemos ainda as novelas “Que Rei Sou Eu?”, “ Vale Tudo”, escrita por Gilberto Braga e exibida entre maior de 1988 e janeiro de 1989. No final da novela, o personagem Marco Aurélio Catanhede, um empresário corrupto interpretado por Reginaldo Faria, fugiu do país em um jatinho particular após aplicar um grande golpe. À fuga, sucedeu-se o gesto antológico: no ar, de dentro do jatinho, Marco Aurélio deu uma "banana" para o país. e “Roque Santeiro”. Recentemente, a novela "Insensato Coração" reforçou isso com a fuga do banqueiro Cortês, interpretado pelo ator Herson Capri. Sem fazer muito esforço, conseguimos identificar figuras da vida real com as mesmas práticas". Foi apresentado ainda a minissérie "JK", onde o presidente Juscelino Kubitschek, é o "presidente Bossa Nova". Vemos também um longa metragem Tropa de Elite que apresenta a corrupção na veia do sistema público de segurança no Rio e São Paulo.
Nestas dramaturgias há aspectos que escapam da preocupação do telespectador em busca de diversão e até, às vezes, de interesse histórico. "Aspectos jurídicos, direito de imagem e, principalmente, a necessária e prévia aprovação do texto pela família levam necessariamente a uma abordagem romanceada das figuras interpretadas, nem sempre fiel à realidade. As teledramaturgias possuem uma linha de ação em que se relatam fatos reais e de conhecimento público com ficção, que, por isso, confunde-se com a realidade. A teledramaturgia brasileira parece incorporar perfeitamente a "corruptocracia reinante", apresentando um sem-número de "pilantras" para retratar o mau-caratismo explícito em todas as camadas sociais, do político de alto escalão que desvia milhões, à empregada doméstica que tenta ganhar um dinheiro fácil aplicando golpes e se dandos bem no final da trama. No Brasil, a televisão assumiu a responsabilidade de ser o veículo formador de opinião por excelência, é importante estabelecer um paralelo entre a dramaturgia e o jornalismo televisivos. "Teoricamente, são linguagens, técnicas e estratégias diferentes, mas até que ponto o telespectador consegue distinguir entre ficção e realidade? E, por outro lado, até que ponto a linguagem da ficção influencia o tratamento da realidade?", provoca. A "a arte imita a vida", a teledramaturgia vem cumprindo seu papel com um histórico invejável desde a ditadura militar, quando determinados assuntos eram proibidos. "Ao abordar temas polêmicos, em geral juntando políticos, mega empresários e práticas éticas condenáveis, os autores fazem o telespectador pensar e analisar a realidade do país. No meu entendimento fica só aí. É assunto nos mais diversos ambientes nos dias que se seguem e só".
Mas vamos lá, vamos falar um pouco da teledramaturgia global. Mesmo quando disfarçada de um “Brasil fictício”, ao que a atração se propõe em que, por exemplo, a sede do governo foi transferida de Brasília de volta para o Rio de Janeiro. Paulo Ventura é o Protógenes da CPI. Paulo Ventura é o presidente da República de “O Brado Retumbante”, a mini-série da Globo.
No primeiro momento, a semelhança física do ator principal com Aécio Never deu a impressão de que se tratava de um merchandising para que os tucanos tenham, ao menos, um projeto de candidatura em 2014. O desenrolar da história levou amigo navegante a telefonar para fazer outra analogia. Protógenes e Ventura são deputados federais. Protógenes e Ventura têm filhos problemáticos. Protógenes é quem fala em “banqueiro bandido”, para se referir a beneficiário de dois HCs do tipo “Canguru” (em 48 horas) do ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (*). Paulo Ventura fala em “banqueiro bandido”. Protógenes casou várias vezes. Ventura também. Protógenes sofreu um atentado. Ventura também. Protógenes fez a PL-21 para endurecer as penas contra “banqueiros bandidos” e criminosos do colarinho branco de maneira geral. Ventura fez uma Lei de Responsabilidade. A Lei da responsabilidade do Ventura copia artigos inteiros da PL-21 do Protógenes. Logo, conclui-se que o Ventura vai mandar instalar a CPI da Privataria Tucana agora em fevereiro. Um “banqueiro bandido” já foi devidamente retratado numa recente novela da Globo, “Insensato Coração”. Quanto ao Padim Pade Cerra, ele perde na entrada e na saída. Se o Paulo Ventura se parece com o Aécio, ele perde. Se o Paulo Ventura se parece com o ínclito delegado Protógenes Queiroz, o deputado que vai instalar a CPI da Privataria Tucana, também perde. Como diz o Amaury, sofisticada não era a engenharia financeira da Privataria Tucana. Para o autor Euclydes Marinho, entretanto, as semelhanças não passam de “coincidência absoluta”, que por sinal é muita coincidência. Agora para quem disse que topomínio televisivo relacionava-se com Sarney, Collor, Aécio ou qualquer outro político brasileiro, fica a dica é preciso entender o verdadeiro sentido da televisão. Aposte nisso e seja feliz.
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