quarta-feira, 14 de setembro de 2011

'Profissão repórter' e o atendimento na Santa Casa de Misericórdia de Sobral


A população da cidade de Sobral foi dormir um pouco mais tarde, já as primeiras de quarta-feira, 14, tudo por conta da exibição do Programa Profissão Reporter da Rede Globo. Todos queriam saber se o documentário sobre o atendimento na Santa Casa de Misericórdia da cidade seria real ou sofrido algum tipo de maquiagem.

Pelo que foi mostrado e pelo depoimento de algumas pessoas ligadas diretamente a saúde, não deixou dúvida; o atendimento na Santa Casa é mesmo um caos. "Aqui é um verdadeiro inferno. É impossível atender tanta gente num espaço como esse", disse o diretor do hospital, João Martins, em meio aos pacientes que superlotavam os corredores da unidade.

Entre uma maca e outra, ou mesmo sentado numa cadeira, tipo 'espreguiçadeira', os pacientes passam horas e horas no aguardo ao atendimento. Nem mesmo o aparato médico, montado para atender às vítimas de um acidente de trânsito, foi suficiente para mostrar a eficiência ao atendimento numa situação como aquela.

A repórter estreante Danielle Costa e Paula Akemi que vieram para Sobral, encontraram pacientes dormindo em cadeiras, outros esperando há dias por uma sutura. Em Reriutaba, onde moram 20 mil habitantes, dois médicos se revezam no único hospital da cidade. Qualquer caso mais grave, tem que ser levado para Sobral, que fica a 75 quilômetros de distância.

Carlos Hilton, secretário de saúde do município, acredita que a situação só ficará no controle, quando o governo do Estado entregar para a população, o Hospital Regional Norte, em fase de conclusão com previsão para o final de 2012. "É totalmente desumano atender uma população de mais de 1,5 milhão de habitantes. Não dispomos de espaço físico suficiente", disse Carlos Hilton.
Por Wilson Gomes

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