Ceará continua liderando mortes por dengue no Brasil

O balanço parcial do primeiro trimestre da dengue, feito pelo Ministério da Saúde (MS) e divulgado ontem, aponta novamente o Ceará como líder em número de óbitos pela doença no País. Entre 1º de janeiro e 31 de março deste ano, foram confirmadas, no Brasil, 95 mortes pelas formas mais graves doença. Deste total, 20 óbitos foram registrados no Ceará.
O estudo do MS indica ainda, uma variação de 900% no número dessas mortes no Ceará em relação ao mesmo período de 2010, quando o Estado teve apenas dois óbitos. Além disso, os casos graves confirmados demonstram uma variação ascendente de 208% se comparado ao ano passado. Hoje, somam-se 123 casos, e na mesma época de 2010 eram somente 40.
Já em relação a forma clássica da doença, os dados locais também vão totalmente na contramão da tendência do restante do País, que percebeu uma redução de 43% nas notificações de dengue clássica. O Ceará é a sétima unidade da federação com maior número de notificações, exatas 16.659, quando na mesma época de 2010, esses números só chegavam a 3.883.
A situação só tende a piorar, isso porque, como explicam os especialistas e até mesmo os próprios órgãos gestores em saúde, o período de chuvas deve continuar até maio, provocando contaminação maior, além da entrada do DENV-4.
Segundo dados do MS o Ceará seria o terceiro estado a declarar epidemia. Pois o Amazonas foi o primeiro e Acre o segundo. Com relação ao dengue 4, com a confirmação do Estado, sobre para nove o número de unidades da federação atingidas.
Ao todo constam 26 casos confirmados do sorotipo 4, distribuídos pelo Piauí, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Amazonas, Pará e Roraima. Com os dois casos do Ceará, já podem ser 28 os infectados.
O coordenador de Promoção e Proteção a Saúde do Estado, Manoel Fonseca, informou que medidas estão sendo tomadas para que essas situação não se agrave. Ele disse que na reunião, realizada ontem, com os 52 municípios com incidência acima de 100 casos por 100 mil habitantes, foi reforçada a questão da atenção para os sinais de alerta da doença, assim como a hidratação oral desses pacientes potenciais.
Fora isso, ele destacou a necessidade de ampliação das unidades básicas de saúde funcionando no terceiro turno. Disse ainda, que estão sendo feitos cálculos para apresentar ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, uma proposta de recurso extra para agentes de endemias, programa de atenção básica e média complexidade.

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